Por Reuters
A safra de laranja 2013/14 no Cinturão Citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro foi estimada preliminarmente em 281 milhões de caixas de 40,8 kg, queda de 22,8 por cento na comparação com a previsão inicial de colheita da temporada 2012/13, cujo processamento foi encerrado em janeiro.
A informação foi divulgada nesta terça-feira pela CitrusBR, a associação que reúne a indústria, com base em levantamento consolidado por auditoria independente.
A CitrusBR não divulgou dados finais da safra 2012/13 na região da indústria exportadora e informou que em maio serão publicadas as informações consolidadas da última safra.
A entidade não forneceu explicações para a queda de produção na nova safra do Brasil, o maior exportador global de suco de laranja.
A redução na colheita ocorreria após dois anos seguidos de grandes colheitas. Em termos agronômicos, seria difícil obter uma terceira grande safra consecutiva.
Na temporada 11/12, a região citrícola colheu a sua segunda maior safra da história, em 428 milhões de caixas. A colheita 11/12 perdeu apenas para a registrada em 1999/2000 (436 milhões de caixas), segundo a CitrusBR. Em 12/13, a colheita somou 364 milhões de caixas.
ESTOQUES
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) informou ainda que os estoques globais de suco de laranja brasileiro em 31 de dezembro de 2012 eram de 1,144 milhão de toneladas (convertidas em suco concentrado congelado equivalente a 66 Brix).
O levantamento, realizado por auditorias em cada uma das empresas associadas da CitrusBR e posteriormente consolidado por auditoria externa independente, aponta um aumento de 22,7 por cento na comparação com o volume estocado na mesma data de 2011.
Do volume estocado no mundo, um total de 311 mil toneladas encontra-se em estoque não comercializável, dado como garantia de financiamento da Linha Especial de Crédito (LEC), nos termos de Resolução do Banco Central do Brasil.
Um volume semelhante de suco também não comercializável estava nos estoques de 2011, segundo a entidade.
Fonte: Estadão