Válvula Norgren aplicada com sistema EGR em caminhões de médio e grande porte
A Norgren, especializada em soluções de automação pneumática e controle de fluídos para as indústrias automotiva, ferroviária, além dos setores de equipamentos, de energia, de saúde, alimentos e mineração, faturou R$ 6 bilhões em 2012 com operações em 75 países do mundo. No Brasil há 38 anos, metade do seu negócio em 2012 (a empresa não revela quanto) foi movimentado pelo setor automotivo, por meio de soluções projetadas para fabricantes de caminhões e pelo fornecimento de válvulas, cilindros, filtros, reguladores e mangueiras para controlar o uso de ar comprimido em veículos pesados, tanto no conjunto de powertrain (motor e transmissão) quanto na cabine.
No País são clientes da Norgren as fabricantes de caminhões MAN, Ford, Scania e Volvo, além de fornecedores como Cummins, Eaton e Delphi.
Ricardo Rodrigues, presidente da Norgren para o Brasil e América Latina, conta que a empresa tem acompanhado, desde a chegada do Proncove P7 (Euro 5), em 2012, a demanda do mercado por novas soluções que ajudem os veículos pesados a baixarem suas emissões de gases.
“A Norgren investe em pesquisa e desenvolvimento a fim de criar e adaptar tecnologias para a frota nacional. Nos últimos dois anos, contratamos dez novos engenheiros para o time de 230 profissionais de nossa fábrica em Santo Amaro, com 8 mil metros quadrados”, declara Rodrigues.
Segundo o executivo, apesar do forte da empresa ser o fornecimento de soluções exclusivas (sugestões de aplicabilidade), são montadas na fábrica brasileira da Norgren 240 válvulas ao ano – 50% da peça são componentes importados. “O volume de produção deve aumentar em 20% nos próximos dois anos, acompanhando a retomada do segmento de caminhões, que tem produzido em média 15 mil unidades por mês com o nível de estoque baixo nas concessionárias.”
Uma das válvulas recém-lançadas pela Norgren para caminhões de médio e grande porte é a usada com sistema EGR (exhaust gas recirculation, ou recirculação de gases de escape), que se torna vantajoso por dispensar o uso do Arla 32, aditivo a base de ureia utilizado em motores a diesel Euro 5. Esta válvula, aponta Rodrigues, controla o sistema de emissões com precisão dentro do motor, fazendo o tratamento antes mesmo da queima de combustível. A Norgren espera aplicar mais de 30 mil unidades do equipamento no Brasil em 2013.
Estão também em desenvolvimento outras soluções, como a que controla a pressão dos pneus para a eficiência do consumo de combustível e outras aplicadas no interior da cabine, onde também se faz necessário o uso de ar comprimido, como no bolsão de ar abaixo do assento do motorista, utilizado para dar mais conforto ao condutor, e no câmbio.
Fonte: Intelog