Principal influência partiu de São Paulo, com baixa de 3,2%.
Em maio, a produção industrial recuou 0,9%.
O emprego na indústria brasileira registrou queda de 0,3% em maio, na comparação com o mês anterior, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a terceira baixa seguida nesse tipo de comparação. Em maio, a produção industrial baixou 0,9%.
Frente a maio de 2011, o emprego recuou 1,7%, o oitavo resultado negativo seguido nesse tipo de comparação e o mais intenso desde dezembro de 2009 (-2,4%), conforme informou o IBGE.
Na comparação anual, o emprego industrial diminuiu em 12 dos 14 locais pesquisados pelo instituto, com o principal destaque partindo de São Paulo, com queda de 3,2%, pressionado pelas taxas negativas registradas na maioria das áreas analisadas. As maiores baixas foram observadas nas indústrias de produtos de metal (-12,6%), metalurgia básica (-20,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,7%), têxtil (-8,5%) e papel e gráfica (-6,8%), entre outras.
Também foram registradas quedas na região Nordeste (-2,6%), Rio Grande do Sul (-2,3%), Santa Catarina (-1,4%), Ceará (-3,2%) e Bahia (-3,4%). Na contramão, tiveram alta Paraná (2,2%) e Minas Gerais (0,3%), com destaque para os ramos de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (35,1%).
Quanto aos tipos de atividade, o emprego industrial recuou em 12 dos 18 pesquisados. A maior pressão partiu de vestuário (-8,7%), seguido por calçados e couro (-6,1%), produtos de metal (-4,3%), têxtil (-5,7%), papel e gráfica (-4,6%), outros produtos da indústria de transformação (-3,8%), madeira (-7,7%), metalurgia básica (-4,8%) e borracha e plástico (-3,0%).
Horas pagas
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou queda de 0,6% sobre abril – a terceira taxa negativa seguida. Na comparação anual, o número de horas pagas caiu 2,8% – a nona taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e a mais forte desde novembro de 2009 (-3,1%), com taxas negativas em 13 dos 14 locais e em 15 dos 18 ramos pesquisados.
Salários
Em maio, o salário caiu 2,5% sobre abril – a queda mais intensa desde dezembro de 2010 (-3,0%) e a terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. Sobre maio de 2011, o valor da folha de pagamento real cresceu 1,1% em maio de 2012, 29º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. O índice acumulado nos cinco primeiros meses de 2012 apontou avanço de 3,8%.
As maiores influências sobre o total nacional partiram do Paraná (8,4%) e da região Nordeste (6,2%). São Paulo (-4,1%) teve o único resultado negativo nesse mês.
Fonte: G1