Vazamentos durante o processo industrial podem causar danos ao meio ambiente e afetar o rendimento financeiro. Para evitar este tipo de desperdício é necessário que os maquinários estejam bem vedados. Os transtornos causados pelo mau uso do material vedante, instalação incorreta ou falta de manutenção podem ser difíceis de corrigir.
O ponto mais importante em um sistema de vedação é o estudo da resistência do material vedante. De acordo com cada necessidade existe diferentes tipos de aplicações e materiais. O ataque químico do fluído e as condições de temperatura e pressão ocorridos na linha de processo é que irão influenciar na melhor forma de vedação.
Existe uma diversidade de materiais divididos entre opções metálicas, semi-metálicas e não-metálicas. Para garantir a melhor opção de acordo com a necessidade de cada indústria, especialistas recomendam que seja feita uma visita técnica à planta industrial.
A vedação nada mais é que o processo usado para impedir a passagem de maneira estática ou dinâmica de líquidos, gases e partículas sólidas de um meio para outro. Existem diversas formas de vedação, das quais podemos citar algumas: juntas em partes estáticas (como flanges e carcaças); anéis elastoméricos em partes estáticas e dinâmicas de equipamentos (também em flanges e anéis em selos mecânicos); retentores em partes dinâmicas de máquinas e equipamentos (como em labiais para vedar lubrificante em mancais de bombas); gaxetas, que são elementos mecânicos utilizados para frear o fluxo total ou parcial.
Gaxetas
O engaxetamento é um dos principais métodos de vedação entre duas peças unidas uma na outra, e também a forma mais antiga de vedar um eixo rotativo ou alternativo. Basicamente, consiste da compressão de um material resistente, macio e lubrificante dentro do espaço formado pelo eixo e a caixa de vedação do equipamento.
A gaxeta é um anel, normalmente de borracha (mas pode ser de outros materiais, como grafita, por exemplo), com uma espécie de lábios, que auxiliam na vedação. Este sistema pode ser chamado, ainda, de vedador automático por sua capacidade de vedar usando a própria força exercida contra o material.
Como em uma típica caixa de gaxetas elas se encontram em constante atrito com o eixo, é necessário uma lubrificação líquida para remoção do calor gerado, garantindo que haja sempre a permanência de uma fina película entre as gaxetas e o eixo.
As principais vantagens da gaxeta é seu baixo custo e a fácil disponibilidade e instalação.
A importância dos componentes pneumáticos
Grandes, médias ou pequenas empresas, a presença das aplicações da automação, seja pneumática, hidráulica ou qualquer forma que use comandos da mecatrônica, é bastante ampla em todos os setores. É comum ver a mecanização de tarefas manuais, a automação ou semi-automação de máquinas dos mais diversos tipos, a construção de dispositivos que executam automaticamente sequências operacionais simples ou mais complexas, tudo isto facilmente integrado à microeletrônica e à informática.
Sensores, transmissores de pressão, de temperatura, válvulas solenóides, sinalizadores, alarmes, lâmpadas , Controladores Lógicos Programáveis (CLP’s), são componentes de campo que superam suas próprias perspectivas. De um simples projeto – o de abrir e fechar uma porta, até o mais sofisticado computador que comanda todos os controles de uma nave espacial, a eletrônica se faz presente, oferecendo segurança e confiabilidade.
Atualmente, se uma empresa insiste em não utilizar recursos de computadores para a execução de tarefas é muito provável que ela não se torne suficientemente competitiva e acabe perdendo espaço no mercado. As máquinas podem ser usadas para controle de estoque, de vendas, de produção, análise dimensional de peças, controles estatísticos, projetos, entre outros serviços.
Na linha de produção inúmeros comandos são responsáveis por alimentar, posicionar, fixar, expulsar; separar, girar, contar, dosar, ordenar; imergir, elevar; alimentar fitas com avanços compassados; cuidar de unidades de avanço giratório passo-a-passo; entre outras aplicações.
Na área da automação pneumática, a eletrônica é essencial para elaborar dispositivos – até é possível fazer sem a eletrônica, mas a confiabilidade operacional dos equipamentos serão muito baixa, pois os recursos de aplicação são limitados.
Uma máquina complexa, por exemplo, responsável por 60% da produção (de alta responsabilidade), cujo investimento para a empresa foi bastante representativo, e por qualquer motivo esta máquina parar, por falha de algum componente pneumático, será prejuízo para a empresa, gerando atrasos na produção, em seus compromissos de entregas e no seu faturamento.
Estatísticas mostram que uma máquina parada por razões de manutenção/reparos, ou mesmo para troca de um simples componente, representa para a empresa a perda de R$ 10 mil/hora, aproximadamente, dependendo do tipo de máquina e dos componentes instalados.
Por isso, a instalação de uma máquina é muito importante. Um instalador com conhecimentos na área vai cuidar de certos aspectos, como verificar o local da instalação, se existe neste local ponto de ar comprimido, ler as especificações técnicas do manual quanto a pressão de operação (máxima e mínima), sistemas de filtragem do ar comprimido, temperatura ambiente, se este equipamento necessita ser instalado em salas climatizadas, se a máquina opera com ou sem lubrificação, especificar o óleo confiável, entre outras notas importantes.
O alerta está voltado para o usuário final, ou mesmo para os projetistas que deverão especificar e exigir do fabricante, seja ele nacional ou mesmo de produtos e máquinas importadas, a garantia de seus componentes pneumáticos.
Fonte: www.cimm.com.br