Movimento quer fortalecer a indústria
Desta vez, empresários e sindicalistas estão do mesmo lado. Eles pedem medidas que barrem o que classificam de desindustrialização do País
CLEIDE SILVA
Um grupo de 27 entidades, das quais 19 empresariais e oito sindicais, quer compromisso efetivo do governo para barrar o processo de desindustrialização no País. Eles defendem medidas de proteção contra importados, desoneração de investimentos e ações macroeconômicas relacionadas a juros e câmbio. Do contrário, empresários e trabalhadores da indústria de transformação prometem ir às ruas em protestos por todo o País em defesa da produção nacional.
O movimento reúne entidades como Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Abimaq (máquinas e equipamentos), Sindipeças (autopeças), Abit (têxtil), Força Sindical e CUT. Na segunda-feira, estava confirmado encontro com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para debater o tema na sede da Fiesp, em São Paulo. Na tarde de ontem, ele cancelou presença.
“É lamentável, pois o ministro do Desenvolvimento não pode ter nenhum compromisso mais importante neste momento do que um encontro com o setor produtivo”, afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Segundo ele, durante todo o ano passado, o governo foi alertado sobre a perda de competitividade do País e o déficit da balança comercial, mas quase nada foi feito.
Pimentel propôs a presença de outro representante do ministério, mas as entidades recusaram. “Se já é difícil obter compromisso do ministro, imagina de um representante”, diz Skaf.
A balança comercial do setor de manufatura teve saldo negativo recorde de US$ 93 bilhões em 2011. A indústria de transformação, que em 1985 representava 27% do PIB, viu essa participação cair a cerca de 16% no ano passado e a tendência é de continuidade de queda em 2012. Continue lendo »
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