São Paulo – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, alertou empresários e embaixadores latinoamericanos sobre a presença da China na região. Para enfrentar a concorrência dos produtos chineses, propôs que “as agendas nacionais precisam se articular, promovendo a integração comercial e produtiva da América Latina e Caribe”. A declaração foi dada nesta terça-feira, 25 de outubro, em reunião da Associação dos Industriais Latinoamericanos (Aila) com embaixadores do Grupo América Latina e Caribe (Grulac), no Hotel Transamérica, em São Paulo.
O presidente da Aila, o equatoriano Henry Kronfle, disse, durante o encontro, que além da concorrência externa, alguns países da América Latina enfrentam dificuldades internas como governos não democráticos e corrupção. “É impossível ser competitivo convivendo com atrasos deste tipo”, afirmou Kronfle.
O economista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Célio Hiratuka apresentou estudo sobre a influência da China nas indústrias do Grulac. A análise diz que, em 2009, 75% das importações chinesas provenientes da América Latina são de commodities, fazendo com que o saldo comercial nas transações com a China seja inversamente proporcional ao preço das commodities. De acordo com Hiratuka, uma das saídas possíveis para atenuar o déficit da conta de comércio com os chineses seria investir em linhas produtivas estratégicas, como petróleo, bioenergia e software.
Os integrantes da Aila entregarão documento aos governos dos 33 países do Grulac com propostas de políticas públicas para aumentar os investimentos nas indústrias, promover o empreendedorismo e estimular a inovação.
Fonte: http://www.agenciacni.org.br